Dos diálogos com a Morte, nada resta a não ser o inevitável
Ó Morte,
Velada através dos tempos da Humanidade,
Acudi-me.
Ó Morte,
Princesa escura, mas bela,
Dá-me o que nunca tens,
Um sorriso,
Uma palavra animadora,
Um sofrimento que não sofre.
Ó Morte,
Aqui estou eu,
Bem como todos nós,
A aguardar a tua chegada.
Para quando?
Ó morte inesperada?
Onde, quando e como?
Ninguém sabe, Ó Morte.
Que todas as almas,
Te vejam, antes que os teus olhos,
Cegos e negros de tanta Morte,
Se possam preparar.
Ó Morte,
Cruel, coração de pedra,
Que a noite gelada,
Te obrigue a cantar uma qualquer melodia.
Talvez assim possamos preparar as “malas”,
Para uma viagem sem volta.
Ó Morte velada,
“Coisa” mal explicada…
Não tenho medo,
Nem que o sofrimento me assalte nos mais altos parâmetros da dor.
Ganhas sempre.
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